Sobre a liberdade das palavras e a minha própria

- frenesi, frenético, feérico, festim, fatídico, factual, áptero, instinto, estugo, estrago, esmero, estirpe, extorque, expele, expurga, comunga, ausculta, comisera, austero, infeliz, rude...
como se em algum momento fossem todas correr de mim, procuro repeti-las e defini-las em mente: cá estão como eu para a vida! Detentas de meus próprios labirintos. E já não reparo que mantenho-as prisioneiras de uma estrutura cristalizada, como tenho feito comigo em vida. Maldito cadafalso interno que pus como alçapão para as idéias! Agora precisam nascer mediante o consenso do racional!
A integral de uma função limitada em algum intervalo pode ser repartida em duas de forma que a soma destas conserve a totalidade. Veio-me agora à cabeça. Assim como o fato de que a integral significa todo, porção completa de algo que se considera. As palavras residem em mim inquietas, sobre o pretexto da excrescência e tenho muito medo de não consierá-las tão abstratas e livres como verdadeiramente são...
3 Comments:
Pelo o que li, 'o beco-sem-saída não constitui mais mera figura de retórica', como já escreveu Waly Salomão... Isso é grave. Que esse atrapalho passe logo e que não bloqueie tua inspiração. Sumiste da net, de tudo. Mande notícias do mundo daí.
Será que as palavras são mesmo livres? Elas não são prisioneiras de significados e regras? Acho que a tua paixão quis libertá-las, mas a única coisa que ela conseguiu fazer foi dar-lhes vida e incutir essa revolução inquieta.
Hoje é teu aniversário! Queria poder te dar parabéns pessoalmente, mas como isso não é possível, aceite essa mensagem que no pouco que diz muito deseja. Pelo pouco que sei de ti, dos teus sonhos e intuitos, almejo a tua grandeza, de tudo. "Sê grande, sê inteiro, sê todo em qualquer parte." (não lembro direito das palavras de Pessoa nesse poema).
"Soneto de aniversário
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece....
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece."
E é isso.. que muitas rosas brotem no seu jardim e várias borboletas amarelas sejam libertas.
beijos, Luana.
Não resisti e fiz um blog, aparece por lá... Parabéns de novo pelo aniversário, Marcelo. ;)
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